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Félix Nadar

A Sociedade para o Encorajamento da Locomoção Aérea por Maquinas mais pesadas que o Ar”

Paris, 1863, um enorme balão de ar quente, com cerca de 6000 m3 Cruza os céus, chamado Le Géant (“O Gigante”) este balão foi construido por Félix Nadar, pseudonimo de Gaspard-Félix Tournachon.

“The Society for the Encouragement of Aerial Locomotion by Means of Heavier than Air Machines”

Este gigante do Ar inspirou Júlio Verne na sua obra ‘Cinq semaines en ballon‘ (Cinco Semanas em um Balão). Foi criada a “A Sociedade para o Encorajamento da Locomoção Aérea por Maquinas mais pesadas que o Ar“, com Nadar como presidente, e Júlio Verne como secretário.

Nadar nasceu em Paris, mas algumas fontes sugerem Lyon. Foi um caricaturista do jornal ilustrado Le Charivari. Em 1849 criou a Revue comique e o Petit journal pour rire.

Nadar foi conhecido devido às suas ações espetaculares. Mandou pintar o edifício em que o seu estúdio estava albergado de vermelho e colocou na fachada um painel de 15 metros com o seu nome! O edifício, no boulevard des Capucines, no centro dos Grands Boulevards, tornou-se uma local de referência e o estúdio um ponto de encontro dos intelectuais parisienses. Estudio este que em Abril de 1874, foi cedido a um grupo de pintores, entre os quais estavam Monet, Renoir, Pissarro, Sisley, Cézanne, Berthe Morisot e Edgar Degas.

Nadar era um inovador e em 1855 patenteou a ideia de utilizar a fotografia aérea na cartografia. Tipo de fotografia que só conseguiu realizar três anos depois, em 1858, quando conseguiu tirar a primeira fotografia aérea de sempre de um balão. Em 1863 publicará o Manifeste de l’autolocomotion aérienne.

Jean-Marie Le Bris e a sua máquina voadora “Albatros II”, fotografado por Nadar em 1868.

Daumier realizou uma litografia satírica que mostrou Nadar fotografando Paris de um balão, a qual deu o título “Nadar elevando a fotografia à altura da Arte”, divulgou a façanha e ajudou Nadar a tornar-se ainda mais famoso. Nadar continuou a ser um apaixonado pelo balonismo até ter sofrido um acidente, com a mulher e alguns amigos, a bordo do Géant, um balão gigante que tinha construído e que podia transportar 80 pessoas.

Em 1858 Nadar também começou a fotografar com luz – magnésio, em 1860 Nadar decidiu fotografar as profundezas parisienses ,fotografou as catacumbas e os esgotos de Paris.

Por Cândido Ruiz

Fontes:
Enciclopédia Britânica, Wikipedia e o Espaço Lente Aberta onde podem ouvir um podcast sobre a vida de Félix Nadar e conhecer mais sobre a historia da fotografia.

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