The Female of the Species
Embora uma considerável parte das damas do mundo vitoriano se contentassem em ser esposas, mães e aristocratas, tais limitações não existem em meio ao universo steampunk.
Exploradoras, engenheiras, mercenárias, cientistas (loucas ou não), anarquistas, piratas, jornalistas, detetives, ladras, tudo isso é possível em uma ambientação contemporânea, e isso não seria diferente em um contexto Vitoriano, Neo-Vitoriana, ou qualquer outra alternativa.
O papel da mulher na sociedade Vitoriana era bem diferente dos estereótipos que imaginamos hoje. Havia certamente uma pressão social aplicada para a mulher agir da forma que hoje vemos como “tipicamente Vitoriana”. Mas existiram muitas mulheres que não estavam confinadas a falsa moralidade das altas sociedades e que não apenas agiam independentemente, mas propagavam seus modos de vida que eram tão não-convencionais para a época. Muitas dessas mulheres, de exploradoras à repórteres internacionais, eram não apenas não-repudiadas pela alta sociedade Vitoriana, mas eram, de fato aceitas nas mais exclusivas cerimônias, festas e formalidades; eram idealizadas por muitas jovens, vistas com admiração por mães e filhas, e tinham seus modos e estilo copiados pelas ditas “respeitáveis” damas da alta sociedade. Essa alta sociedade frequentemente, não apenas não condenava essas mulheres, mas celebrava seus modos audaciosos e não convencionais.
Isso foi refletido na literatura Vitoriana e em uma surpreendente quantidade de ficções de aventura e mistério na qual heroínas, amantes, ou adversárias das protagonistas das histórias eram significantemente mais independentes e menos subservientes do que leitores modernos imaginariam de uma heroína ficcional da época.
O exemplo óbvio é Irene Adler, que memoravelmente tapeou nosso querido Sherlock Holmes em “O Escândalo na Bohemia”. Entretanto ela não foi a primeira heroína bem sucedida, “L____”, a primeira de pelo menos duas duzias de mulheres detetives profissionais na literatura Vitoriana, apareceu em 1837, quatro anos antes de Edgar Alan Poe apresentar Dupin ao mundo em “Os assassinatos na Rua Morgue”; a primeira novela britânica a apresentar uma detetive, Revelations of a Lady Detective de William S. Hayward, apareceu em 1861, vinte e seis anos antes da estréia de Sherlock Holmes.
A literatura vitoriana teve exploradoras e caçadoras de aventuras como Laura de Guéran apresentada por Adolphe Belot em 1879 na novela A Parisian Sultana. Anarquistas como a formidável Zalma de Pahlen, criação de T. Mullett Ellis no romance de 1895, Zalma. E até gênios do crime como a infernal Madame Sara, de The Sorceress of the Strand, de L. T. Meade em 1903.
E mesmo fora da literatura os exemplos são infindáveis passando das piratas Anne Bonny e Mary Read, a batedora Calamity Jane, a atiradora Annie Oakley, passando por Ada Lovelace, Mary Wollstonecraft, Marie Curie, e Amelia Earhart.
Se você acha que como em tempos idos, as mulheres do meio steampunk estão todas sentadas fazendo seus bordados e esperando que o “mestre da casa” volte da cidade, é melhor você pensar novamente. Com suas espadas, pistolas e engenhos diferenciais em punho, as mulheres do mundo steampunk estão tão, ou mais prontas para o que vier em sua direção do que qualquer distinto cavalheiro, afinal… Catarina a Grande provou que dominação mundial não é apenas um sonho para os garotos.
Por Karl
Grande Karl! Acaba de quebrar um paradigma muito comum! Nunca me vi como uma dessas mulheres submissas, as independentes são bem mais legais e estilosas! XP
Grandes idéias pra minha personagem!
=***
Mulheres do meio steampunk q me interssaram por esse estilo; não é só mais uma espartilhada, mas uma heroína espartilhada ò.óV
Grandes idéias pra minha personagem! [2]
Nossa! fiquei encantada!Meus figurinos ganharão mais vida!
Très belle… As mulheres são muito superiores…