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Tudo pela Ciência

Cientistas Malucos

Um dos personagens mais ocorrentes nas obras do gênero Steampunk

e nos clássicos que a influenciam é o Cientista Louco. Cientistas loucos são normalmente retratados com comportamento obsessivo e uma percepção alterada da realidade, não pensando duas vezes antes de adotar métodos extremamente perigosos, antiéticos ou no mínimo pouco ortodoxos.

Muitas vezes são motivados por vingança, por sede de poder ou uma necessidade de conhecimento que não vê limites. Seus laboratórios muitas vezes são equipados com tubos de ensaio, geradores , máquinas com engrenagens em constante rotação e várias aparatos eletrônicos com apelo visual. Também são comuns vidros e provetas com líquidos de cores estranhas sem propósito óbvio, livros de ocultismo, fetos e órgãos humanos ou animais.

As características mais marcantes deste gênios mal compreendidos são: uso da ciência sem medir as conseqüências de seus atos, que podem resultar em destruição em massa ou mutações; uso de cobaias( as vezes sendo outras pessoas ou o próprio cientista); megalomania, e um comportamento obsessivo.

A maior parte dessas características são exageros dos estereótipos de personagens reais, Cientistas sempre são vistos como obcecados pelo trabalho, assumindo uma postura social incomum.

Na ficção, o cientista louco pode representar o medo do desconhecido, e as conseqüências de desafiar o que ’era melhor ser desconhecido’. De modo similar, a tendência do cientista louco de se colocar no papel de Deus pode ser uma extensão das diferenças entre religião e ciência, como é exemplificado nas discussões sobre a evolução, que é um tema usado pelos cientistas loucos, que criam bestas e monstros fantásticos.

Temos exemplos claros disto em personagens como C. A. Rotwang de Metropolis, filme de 1927, dirigido pelo diretor austríaco expressionista Fritz Lang, o Dr. Strangelove de Stanley Kubrick ou o Dr.Caligari.

Quando seu monstro nasceu, Victor Frankenstein gritou, ’Agora eu sei como Deus se sente!’– Essa afirmação foi considerada controversa o bastante para ser censurada na versão filmada de 1931.

A imaginação popular sempre circulou ao redor de figuras arquetípicas que transmitiam uma imagem de conhecimento esotérico. Xamãs e curandeiros inspiravam respeito e medo, principalmente sobre os rumores de suas habilidades em conjurar demônios e criar bestas. Suas características (e efeitos no subconsciente coletivo) foram transmitidas aos cientistas, incluindo comportamento excêntrico, reclusão e suposta habilidade de criar vida.


Quando a Igreja Católica supriu essas crenças, as lendas foram transferidas para outro arquétipo de ser humano com poder sobre a natureza, o alquimista (o precursor do moderno químico lidava também com astrologia, biologia e até mesmo cabala). Os alquimistas eram conhecidos por agirem de forma estranha, geralmente como resultado de envenenamento por mercúrio, como no caso de Isaac Newton.

As características físicas destes cientistas também parece ter sido inspirada em personagens reais. Afinal… ’A crença e o comportamento popular são mais influenciados por imagens do que por fatos demonstrados’– citando Roslynn Doris Haynes,1994.

Alguns cientistas da vida real, que não foram necessariamente loucos, possuíam personalidades (e as vezes, aparências) que contribuíram para a formação do estereótipo:

Albert Einstein, Harry Harlow , Heinz Wolff, Edward Teller, Francis Galton, Dr. Gunter von Hagens, Dr. Henry Cotton, Herman Kahn, Jack Parsons, Nikola Tesla, Patrick Moore, Philo Farnsworth, Stanley Milgran,Trofim Lysenko entre outros.

Não importa se na vida real houve criaturas tão fantásticas e se eram sãs ou não, uma das frases mais emocionantes dos clássicos continuará sendo:

– “Igor! Abaixe a alavanca!”.

Por: Cândido Ruiz

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3 Responses to “Tudo pela Ciência”

  1. O bichinho do Conselho says:

    De alguma forma eu sempre achei fantástica essa história de se criar uma vida, mas cara, é assustador. A cara do Einstein é assustadora e toda essa ciência maluca também. Claro que há o charme dos equipamentos, alavancas e raios tudo à lá Dr. Frankenstein, mas honestamente seria horrível conhecer uma criatura dessas.
    Adorei esse artigo >=D

  2. […] This post was mentioned on Twitter by Steampunksp, José Roberto Vieira. José Roberto Vieira said: RT @Steampunksp: Igor! Abaixe a alavanca! http://sp.steampunk.com.br/2008/11/13/tudo-pela-ciencia/ […]

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