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Nikola Tesla – Especial de aniversário – Parte I

Nikola Tesla O homem que espalhou luz sobre a face da Terra

Na meia noite do dia 9 para 10 de julho de 1856 uma tempestade magnética assolava a vila Croata de Smiljan, e neste mesmo momento veio ao mundo o indivíduo de mente extraordinária  que viria a se chamar Nikola Tesla. Georgina Djouka, sua mãe, já vinha de uma extensa linhagem de inventores, e ela própria criara inúmeras ferramentas de costura , e seu pai Milutin, desde cedo treinava o raciocínio e a memoria do jovem Nikola através de exercícios mentais complexos.
Quarto em uma série de cinco filhos, Nikola possuía três irmãs, Milka, Angelina and Marica, e um irmão mais velho, Dane, que Nikola sempre considerou superior a si em todos os sentidos. Dane cavalgava um belo cavalo branco, e Nikola se ressentia dele por não poder montá-lo devido a sua pouca idade.
Quando tinha cinco anos Nikola atirou sementes no cavalo com uma zarabatana enquanto seu irmão cavalgava; Dane foi derrubado do cavalo e morreu pouco depois. A culpa de tal acontecimento perseguiria Nikola Tesla pelo resto de seus dias, e independente do quanto grandiosos fossem seus feitos, sempre existiu nele a crença de que Dane teria sido superior.

Tesla foi uma criança frágil e doente, sofria de alucinações e ataques em que flashes de luz o cegavam. Suas visões eram normalmente relacionadas a idéias e conceitos de coisas que ele nunca havia visto, mas que podia descrever detalhadamente. Tal habilidade seria usada mais tarde em sua vida, pois Tesla visualizava em sua mente cada invenção em seus mínimos detalhes antes de começar o processo de construção. Ele também tinha premonições, e supostamente previra detalhadamente em sonhos os acontecimentos pertinentes a morte de seus pais.
Certa vez, Tesla ficou preso debaixo d’água enquanto tentava nadar embaixo de uma estrutura que se estendia além do que imaginara, e uma visão lhe mostrou o caminho até uma abertura que levava a um bolsão de ar, tal visão evitou que se afogasse. Outra habilidade que ele afirmava ter, era a de poder transmitir imagens mentalmente a outras pessoas, desde que não estivesse muito distantes.

Desde cedo, Tesla tivera uma criatividade fora do comum, e mesmo que, segundo ele, sua infância e adolescência fossem “uma época de impulsos indisciplinados completamente fora de foco” e que só se tornara um inventor ao atingir a maturidade, suas invenções quando criança não são menos impressionantes.
Entre tais inventos destaca-se um dos primeiros, um mecanismo simples para pegar sapos composto de gancho e linha. Tal invento foi bem aceito entre as crianças da região que o imitaram usando copias do mecanismo, mas não teve o mesmo sucesso entre a população de sapos do local, que foi quase totalmente erradicada, pois a invenção funcionava muito bem.
Outro invento da infância de Tesla foi uma maquina movida a insetos. Insetos voadores eram grudados às pás acopladas ao mecanismo, e ao se moverem tentando escapar, também moviam o mecanismo em questão, o que continuava por horas a fio. Infelizmente, uma outra criança veio e comeu a maioria dos insetos vivos na frente de Tesla, e tal visão criou nele uma aversão imediata e permanente a insetos, os quais ele nunca mais tocou na vida.


Essa não seria a única aversão de Tesla, que apesar de ser um homem brilhante, era, mesmo na idade adulta, afligido por inúmeras excentricidades e distúrbios emocionais. Ele sentia aversão a contato o físico, e para evitar apertos de mão, ele costumava afirmar que sofrera um acidente no laboratório que afetara seus dedos; também considerava tocar cabelos algo especialmente horrível.

Os flashes que sofria na infância continuaram durante toda a sua vida, mas com o tempo ele aprendeu a reprimi-los, e era bem sucedido nesse esforço na maioria das vezes, exceto em situações de stress extremo,


Eventualmente Tesla sofreu um terrível colapso que o deixou perto da morte. Permaneceu nove meses de cama. Desenganado pelos médicos, ele passava o tempo lendo tudo o que podia para ocupar e exercitar sua mente, memorizando tudo o que lia com sua memória fotográfica; foi nessas circunstâncias que leu pela primeira vez a obra de Mark Twain “Innocents Abroad”, e foi cativado pela humanidade e humor desse novo tipo de literatura, tanto que teve uma milagrosa recuperação. Ao se mudar para América, Tesla conseguiu agradecer Mark Twain, afirmando que fora sua obra que salvara sua vida, o escritor se tornaria um dos poucos amigos pessoais de Tesla.

Tesla estudou engenharia elétrica no Instituto Politécnico Austríaco, em Graz. Enquanto estava lá é que ele começou sua pesquisa da eletricidade. Fontes informam que ele teria se formado pela Universidade de Graz, mas a universidade afirma que ele não chegou a receber um diploma, e não continuou a frequentar aulas após o primeiro semestre de seu terceiro ano. Em Dezembro de 1878 Tesla deixou Graz e se afastou da família. Seus amigos acreditavam que ele havia se afogado em Mura, tempos antes. Ele mudou-se para Maribor (atual Eslovênia) e trabalhou como engenheiro assistente durante um ano.


Persuadido por seu pai, Tesla passou a frequentar a Universidade Charles-Ferdinand, em Praga. Ele havia se formado com boas notas no colegial, mas sua dificuldade ao desenhar o impediu de se exaltar nos cursos técnicos.
Mesmo assim Tesla era um aluno extraordinário e questionador, o que freqüentemente, irritava seus professores. Ele se rebelava especialmente contra a ideia que a corrente contínua era o único meio de distribuir energia elétrica. Era claro para ele que a corrente contínua era ineficiente e incapaz de transmitir energia a longas distâncias, e certamente deveria haver um outro método, e mesmo que a menção de uma Corrente Alternada trouxesse sorrisos sarcásticos aos seus ouvintes, isso nunca o desencorajou a ponto de fazê-lo abandonar suas convicções.

Na faculdade, ele pôde focalizar seus esforços naquilo que ele era melhor, entretanto, após a morte de seu pai, Tesla, sem dinheiro para financiar sua instrução, deixou a universidade e tornou-se operador de telégrafo da Companhia Telefônica Nacional em Budapeste. Em 1881, Tesla tornou-se chefe eletricista da companhia, e depois engenheiro do primeiro sistema de telefonia do país. Ele também desenvolveu um aparelho que, de acordo com alguns, era um repetidor telefônico, ou amplificador, e de acordo com outros, poderia ter sido o primeiro megafone. Foi nesta ocasião que Tesla sofreu um colapso nervoso, passando por um período de hipersensibilidade, que o reduziu a um inválido.

Os excepcionais sentidos aguçados de Tesla, tornaram-se subitamente hipersensíveis. Até mesmo o tiquetaquear de um relógio tornava-se ensurdecedor. A luz feria seus olhos e pele, almofadas de borracha tiveram de ser inseridas nos pés de sua cama para aliviar as vibrações dos passos das pessoas, que ele descrevia como se fossem similares a terremotos. Tudo isso desapareceu tão misteriosamente quanto surgiu, e ao voltar ao normal, Tesla teve sua grande visão que o levou a invenção do motor de corrente alternada. Ele sabia que funcionaria, pois havia construído o invento em sua mente, e essa era a única prova que precisava.
Na verdade, tal técnica era considerada por Tesla muito superior a prática comum de escrever em cadernos e criar protótipos, segundo ele “No momento em que uma pessoa constrói um aparelho para levar a cabo uma ideia crua, ela se encontra inevitavelmente envolvida com os detalhes deste aparelho. Conforme ele procede em tentar melhorar e reconstruir o aparelho, sua força de concentração diminui e ele perde de vista o grande propósito inicial”. Tesla, possuía um grande trunfo, mas o problema ainda era trazê-lo a realidade.

Em 1882, ele mudou-se para Paris e arrumou um emprego na Companhia Continental Edison, onde projetou várias melhorias para o equipamento elétrico. Nesse mesmo ano ele criou o motor de indução e começou a desenvolver aparelhos que usavam campos magnéticos rotatórios, pelos quais receberia as patentes em 1888. Pouco depois foi quando Tesla teve um sonho em que previa a morte de sua mãe, o que ocorreu logo em seguida. Após a morte de sua mãe Tesla adoeceu e permaneceu três semanas se recuperando.
Dois anos mais tarde, viajou à Nova York para conhecer o presidente da companhia: o próprio Thomas Edison. Munido de uma carta de recomendação de Charles Batchelor que dizia “Eu conheço dois grandes homens e você é um deles; o outro é este jovem” Mesmo tendo sido contratado pela Edison Machine Works, o encontro não foi exatamente o que Tesla esperava.


Continua…


Por Karl

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One Response to “Nikola Tesla – Especial de aniversário – Parte I”

  1. Ghad Arddhu says:

    Onde está a continuação? Nikola Tesla é uma referência em vários campos… principalmente os imaginativos.

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